Páginas

25 de dez. de 2008

O idiota

"O trágico da nossa época ou, melhor dizendo, do Brasil atual, é que o idiota mudou até fisicamente. Não faz apenas o curso primário, como no passado. Estuda, forma-se, lê, sabe. Põe os melhores ternos, as melhores gravatas, os sapatos mais impecáveis. Nas recepções do Itamaraty, as casacas vestem os idiotas. E mais: – eles têm as melhores mulheres e usam mais condecorações do que um arquiduque austríaco."
Nelson Rodrigues

Primeiro levaram os negros - Bertold Brecht

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht

Injeção de realidade

Através de trabalho e via honesta tenho conseguido uma vida mais confortavel.
Isto pode me levar a ser um mauricinho alienado.
Entao periodicamente eu me injeto de realidade pra nunca deixar de fazer a diferença para que as diferenças diminuam.

Gangster Paradise
http://www.youtube.com/watch?v=N6voHeEa3ig

Drama de humanos
http://www.youtube.com/watch?v=0Pd9tgMbQlU

Lado a lado é nóis até o fim. Fé em Deus que ele é justo!
http://www.youtube.com/watch?v=qUNt58lo5oU

Agradeço a Deus pelos pais que eu tive!
Lembravam os deste clipe.
http://www.youtube.com/watch?v=b7OXqKbjhTA

Eu gosto dos venenos mais lentos

Eu gosto dos venenos mais lentos
dos cafés mais amargos
dos doces mais azedos
das bebidas mais fortes
das músicas mais estranhas
das frutas mais verdes
das ironias mais finas
das conversas mais lúdicas
das dores mais amenas
e tenho
apetites vorazes
por saudades profundas
por causas perdidas
por distâncias inalcançáveis
eu sonho
os delírios mais soltos
os sonhos mais loucos que há
e sinto
uns desejos vulgares
navegar por uns mares de lá
Você pode me empurrar pro precipício
não me importo com isso,
eu adoro voar…

George Carlin

Videos com o George Carlin:
pena vivermos num mundo de conceitos medievais ainda tão vívidos que ele falar a verdade nua parece piada...

a devida homenagem aos profissionais da fé:
http://www.youtube.com/watch?v=oZhKz49rrx4&feature=related

...10 é um número que soa oficial...
...morre mais gente em nome de Deus que por qualquer outro motivo...
http://www.youtube.com/watch?v=tgwjsZ7sqRE

agora, eu sou contra o aborto mas a favor do fato q tem argumentos falhos contra o aborto...
parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=opJA5r_9TxQ

parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=Y1a3oCFyCwA

22 de dez. de 2008

Theremin

Conheces o theremin?
ele é a prova que os loucos são os normais e os normais, incompletos...

vc lembra q ao chegar perto de uma antena de radio ou tv antigos
a gente podia melhorar ou piorar a imagem?
há mais de um seculo (acho), um cara se aproveitou disto pra criar este instrumento musical

Ele tem uma alça na direita q é o volume. Quanto mais distante vc estiver, mais alto é o som. se você tocar na alça, silencia.

Tem, na esquerda, uma antena, q é a nota. Quanto mais distante vc estiver, mais aguda é a nota.

todos falavam na epoca: theremin? a rita lee tem um em casa!





a primeira vez q ouvi um theremin foi nos efeitos especiais do filme
o dia em q a terra parou
filme q me fez varar noites em claro com medo
ouça a partir de 2:38 os apitos q gelavam a minha espinha aos 5 anos de idade


O Wii simula um theremin:


Hei Jude

10 de dez. de 2008

Declaração Universal

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direito"?

errado!!

todos nascem com direito a respirar, e somente.
Tudo q vier depois, se tem alimento, abrigo... foi vitoria dos pais/responsaveis

e na maioridade, a gente pleiteia

liberdade, dignidade, respeito nao são natos,
porém, se conquistam.
deve-se lutar e conseguir isto a cada dia

aquela tal declaração universal é papo pra coitadinho! é demagogia pura!

na vida real a gente ogerisa quem nao corre atrás dos proprios sonhos, quem acha q os sonhos dados nas mãos é direito nato, e chama de verdadeiro cidadão os lutadores...

como diriam os titãs (mas eu falo sério, eles ironizavam):
condecorações aos veteranos!
porrada pros caras que nunca fazem nada!

25 de nov. de 2008

Sobre a morte

Imagine que vc tá no início de um feriadão de 3 dias, num hotel fazenda com muita coisa pra fazer e muita gente interessante. Parece até que hoje vc vai desencalhar!!!

Pode sair, se encontrar com amigos, ler, assistir o que quiser, piscina, quiosques...

E acontece que uma pessoa amiga deixa proximo um quebra-cabeças. Você olha pra ele, aceita o desafio e começa a tentar resolvê-lo.

Um quebra-cabeças, uma charada, é como um túnel. Você entra e só haverá uma saída do outro lado, que é quando você acha a solução.

Agora você está no seu quarto do hotel fazenda e empacou na solução. Por todos os lados que vai, não acha a solução do quebra-cabeças.

Alguns podem desistir logo, outros afixionados vão insistir. Mas, quantos passarão os 3 dias do passeio, ininterruptamente, sem dormir, sem aproveitar o passeio, dando murros em ponta de faca contra o quebra-cabeças, sem descanso?

Bem, se você fizer isto, acabou de jogar fora 3 dias de sua vida por não ver uma coisa que está em um nível acima. Tinha tanta coisa melhor a nossa volta!

Qual a solução deste conflito uma vez que não encontra a saída deste túnel? Simples. Abortar a missão. Abrir uma porta lateral e abandonar o túnel.

O meu ponto aqui é mostrar que num momento o problema do quebra-cabeças é enorme. É a nossa vida. Nada mais existe. Vemos o universo do jogo como sendo nossa vida.

Esta forma de ver o jogo nos dá o risco de se ver pequeno diante dele.

Mas, se pararmos pra olhar de fora, o jogo passa a ser pequeno como um jogo, mesmo que não o tenhamos vencido.

Esta mudança de ponto de vista sobre o jogo é crucial. Ele deixa de ser a nossa vida e passa a ser somente um item pequeno nela. O mesmo é com qualquer outro problema de nossa vida. Sempre um problema será somente um item de nossa vida. E nunca será o mais importante.

Se num momento o jogo é maior que você e logo depois ele é só um jogo, não é por que ele mudou. A forma com que você olhava pra ele é que mudou.

Muitos conflitos do dia-a-dia deviam ser vistos assim. A pessoa que vemos como nosso oponente não vai mudar nem eu. Vamos passar a vida toda brigando?

Não! Basta olhar as coisas de uma forma que a pessoa, ou o aspecto dela que nos incomoda, fique distante e desimportante. A saída as vezes não é resolver o conflito. É vê-lo como algo insosso, como só um item em nossa vida. A solução do conflito não é resolvê-lo. É fazê-lo desaparecer por que vemos algo mais acima, mais interessante.

Assim era a minha briga contra a morte.
Pela minha forma de ver, a morte era uma sacanagem, uma interrupção abrupta na forma como cismei que tem que ser a minha vida.
Como sofri quando morreu Elvis, Schotty do Startrek...
Como doeu o vazio e irreversibilidade da morte de meu pai!!!
Como vencer este monstro cruel?

Hoje estou mais tranquilo.
Não deixei de amar meu pai, nao deixo de sentir a falta dele.
Mas parei de sofrer de forma tão intensa.
Fiz as pazes com a morte? Não, mudei a forma de vê-la.

A morte pra mim é um fenômeno que eu nao inventei, assim como gravidade ou eletromagnetismo.
Assim como excreção, metabolismo, reprodução, a morte é um componente da vida.
Assim como respiração é sinônimo de vida, assim é a morte.

Imagine que todo ser vivo que já surgiu neste planeta não tivesse morrido. Haveria espaço para todos?

Quer outra "vantagem" que tiramos da morte?

Olhe um comercial de cigarros dos anos 70 ou anterior. Veja que porcaria de peça publicitária. Acreidite! As pessoas da época caíam naquele engodo! Eles tinham vontade de fumar ao ver aquele lixo!

Hoje em dia as pessoas são melhores e os publicitários tiveram que se aprimorar cada vez mais para conseguir convercê-las a fumar, assim como festivais chamados "cigarro-jazz festival" ou "cigarro-rock"...

Logo isto não vai funcionar e terão que melhorar as suas campanhas...

Por que o mundo está melhor, a ponto de ter até aviso q faz mal a saúde no próprio comercial que tenta mostrar o contrário?

Por que os materiais, as comunicações, os meios de transporte, tudo está melhor que há 20 anos? Porque a sociedade está constantemente sendo polida pelo processo da morte. Os mais velhos, vão deixando lugar e alimentos para os mais jovens terem sua chance por aqui.

A morte é o moto da evolução que a nossa espécie escolheu. Aliás, que todas as espécies deste planeta escolheram...

Então eu parei de almejar a imortalidade como saída do grande quebra-cabeças "o que é a morte?". Brigar contra ela equivale a pleitear uma chance de não ter nascido. É uma via sem solução.

A saída foi eu olhar o que tem de bom na volta. Foi olhar a morte com outro ponto de vista. Do contrário eu passaria todo o meu tempo neste hotel fazenda chamado Terra apenas dando murro em ponta de faca contra o Ceifador Implacável...

Então eu acordo pela manha, pulo da cama e sorrio. Não morri ainda! O passeio por aqui não acabou! Então qual vai ser o cardápio de hoje? Trabalho? Estudar? Cerveja? Beijo? Faxina? Não importa o que vou escolher, desde que seja algo realmente importante pra mim

9 de ago. de 2008

Quem sou eu?

Quem sou eu? Sou feliz e alegre.
Opa! isto nao é quem sou eu... isto é o meu humor.

Amo desenhar, aviões, pastel de carne, bomba de chocolate, cinema, batman, astronomia, química, informática, natação, vitamina de banana com aveia, mil-folhas, dar e ganhar massagem... Não! Isto não sou eu! Isto é uma orientação do que me chama a atenção!

Amo vestir terno, sobretudo, óculos de sol e chapéu fedora... não! isto é só uma preferência de vestiário!

Pratico óleos, meditação, incenso, tai-chi, já li a Bíblia, Buda do Sidarta Gautama, o Corão, Bhagavad Gītā, Tao Te Ching e ainda me cobro por nao ter lido o Popol Vuh nem sobre xintoismo... mas isto apenas mostra um teor de buscador da Verdadeira Verdade. Não demonstra quem sou eu...

Sou cooperativo, perseverante, proativo, amoroso, bobalhão, paciente, companheiro, cúmplice de quem eu amo... pára! isto nao sou eu... isto são alguns adjetivos do meu temperamento e personalidade

Sou um cara... isto não... é meu gênero

Sou técnico químico... não! isto é minha escolaridade

Sou professor de informática... é minha profissão

Sou gaúcho... não... isto é minha nacionalidade...

Entao eu nunca soube responder a esta pergunta!

Talvez eu seja aquilo que tá la dentro, bem no fundo.

Não a inteligência, não a criatividade, não a memória, nem o meu domínio da fala, ou a minhas gargalhadas, nem as minhas emoções, ou o meu corpo físico - que deixa meu cardiologista tranqüilo apesar da idade cronológica, mas o que está por trás disto tudo, o que decide quando e quais destes itens lançar mão.

Esta coisa bem interna todo ser humano tem e nisto todos são iguais, com uma origem comum.

Isto me mostra que todos somos um e que toda guerra, aversão, preconceito, desrespeito, discriminação e falta de consideração são provas de ignorância. De que a pessoa ainda não se conhece.

Não deixe para amanhã

"Há 200 anos, Benjamim Franklin partilhou com o mundo o segredo do seu sucesso: Nunca deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, disse ele.
Este é o homem que descobriu a electricidade. Era de esperar que mais gente lhe tivesse dado ouvidos.

Não sei porque adiamos as coisas, mas se tivesse de adivinhar, diria que tem muito a ver com medo. Medo de flahar, medo de sofrer, medo de ser rejeitado.

Às vezes, é apenas o medo de tomar uma decisão.
Porque... e se tivermos enganados?
E se cometemos um erro que não podemos desfazer?

Quem chega primeiro é o primeiro a aviar-se.
Um ponto a tempo poupa muitos.
Aquele que hesita está perdido.

Não podemos fazer de conta que não nos avisaram.
Todos ouvimos os ditos, ouvimos os filósofos, ouvimos os avós, a falar do tempo perdido, ouvimos o raio dos poetas dizerem-nos para vivermos o momento.
Mesmo assim, às vezes, temos de ver por nós mesmos.

Temos que cometer os nossos erros.
Temos de aprender as nossas lições.
Temos que varrer a possibilidade para baixo do tapete do amanhã, até não podermos mais, até que finalmente percebamos o que o Benjamim Franklin queria dizer.

Que saber é melhor do que especular.
Que acordar é melhor do que dormir.
E que até o maior fracasso, até o pior, o mais crasso dos erros, é melhor do que nunca tentar.

3 de ago. de 2008

MADREDEUS - Ao longe o mar



Ao Longe O Mar
Madredeus

Composição: Pedro Ayres Magalhães

Porto calmo de abrigo
De um futuro maior
Inda não está perdido
No presente temor

Não faz muito sentido
Já não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Sim, eu canto a vontade
Canto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Quando avistei
Ao longe o mar
Sem querer deixei-me
Ali ficar

Caverda no Dragão

Clique aqui pra ver o roteiro do episódio final de caverna do dragão.

que nunca foi gravado, só escrito.
Não!
Eles não estão no inferno!
Eles não morreram!
Vingador e Mestre dos Magos não são a mesma pessoa!

31 de jul. de 2008

Meu tio inesquecível - Paulo Coelho

Quando eu era criança, costumava ler uma revista que meus pais assinavam; tinha uma sessão chamada “Meu tipo inesquecível” – onde pessoas comuns falavam de outras pessoas comuns que haviam influenciado suas vidas. Claro que àquela altura, com nove ou dez anos, eu também havia criado o meu personagem marcante. Por outro lado, tinha certeza que no decorrer dos meus anos este modelo iria mudar, portanto resolvi não escrever à tal revista submetendo minha opinião (fico imaginando hoje como eles teriam recebido a colaboração de uma pessoa com a minha idade na época).

Os tempos passaram. Conheci muita gente interessante, que me ajudou em momentos difíceis, que me inspirou, que me mostrou caminhos que eram necessários trilhar. Entretanto, os grandes mitos da infância sempre provaram ser mais poderosos; passam por períodos de desvalorização, de contestação, de esquecimento – mas permanecem, surgindo nas ocasiões necessárias com seus valores, seus exemplos, suas atitudes.

Meu tipo inesquecível chamava-se José, irmão mais jovem do meu avô. Jamais se casou, foi engenheiro durante muitos anos, e quando se aposentou, resolveu viver em Araruama, cidade vizinha ao Rio de Janeiro. Era ali que toda a família ia passar as férias com as crianças; tio José era solteiro, não devia ter muita paciência para aquela invasão, mas este era o único momento em que podia dividir um pouco de sua própria solidão com os sobrinhos-netos. Era também inventor, e para acomodar-nos, resolveu construir uma casa onde os quartos só apareciam durante o verão! Apertava-se um botão e do teto desciam as paredes, dos muros saiam as camas e as penteadeiras, e pronto; quatro dormitórios para acomodar os recém-chegados. Quando terminava o carnaval, as paredes subiam, os moveis tornavam a entrar nos muros, e a c! asa voltava a ser um grande galpão vazio, onde costumava guardar material de sua oficina.

Construía carros. Não apenas isso, mas fez um veículo especial para levar a família à Lagoa de Araruama – uma mistura de jipe com trem sobre pneus. Íamos ao banho de mar, convivíamos com a natureza, brincávamos o dia inteiro, e eu sempre me perguntava: “mas por que ele vive aqui sozinho? Tem dinheiro, podia viver no Rio!” Contava histórias de suas viagens aos Estados Unidos, onde trabalhara em minas de carvão e se aventurara a lugares nunca antes visitados. A família costumava dizer: “é tudo mentira”. Vivia vestido de mecânico, e os parentes comentavam: “precisava de roupas melhores”. Assim que a televisão entrou no Brasil, comprou um aparelho que colocava na calçada, de modo que a rua inteira pudesse assistir aos programas.

Ensinou-me a amar as escolhas feitas com o coração. Mostrou-me a importância de fazer o que se deseja, independente do que os outros comentem. Acolheu-me quando, adolescente rebelde, tive problemas com meus pais. Um dia ele disse-me:

- Inventei o hidramático (câmbio automático de mudança de marchas em um carro). Fui a Detroit, entrei em contato com a General Motors, me ofereceram 10.000 dólares na hora ou 1 dólar por carro vendido com este novo sistema. Peguei os dez mil dólares e vivi os anos mais fantásticos de minha vida.

A família dizia: tio José vive inventando coisas, não acreditem. E, embora tendo uma grande admiração por suas aventuras, por seu estilo de vida, por sua generosidade, não acreditei nesta história. Contei para o jornalista Fernando Morais apenas porque tio José era e é meu tipo inesquecível.

Fernando resolveu conferir, e eis o que achou (o texto está editado, pois é parte de um grande artigo):

“O primeiro câmbio automático foi inventado pelos irmãos Sturtevant de Boston em 1904. O sistema não funcionava a contento porque os pesos freqüentemente se afastavam muito. Mas foi a invenção dos brasileiros Fernando Iehly de Lemos e José Braz Araripe, vendida à GM em 1932, que contribuiu para o desenvolvimento do sistema hidramático lançado pela GM em 1939.”

Com milhões de carros hidramáticos sendo produzidos todos os anos, a família – que nunca acreditava em nada, e achava que tio José se vestia mal – teria ficado com uma fortuna incalculável. Que bom que ele gastou os seus dez mil dólares em anos felizes!

FONTE» www.warriorofthelight.com

30 de jul. de 2008

A partir de quando a Europa ganhou este nome?

Pois é, hoje eu lancei esta pergunta numa comunidade do orkut:
A partir de quando a Europa ganhou este nome?
Sei da origem do nome Europa, da mitologia, mas a partir de quando a o continente Europeu ganhou o seu nome?

alguem sabe?
Veja no orkut a minha pergunta.

26 de jul. de 2008

Dulce Pontes & E. Morricone - La Luz Prodigiosa


Luz Prodigiosa
Dulce Pontes

Composição: E. Morricone / F.G. Lorca

Nana, ninõ, nana
Del caballo grande
Que no quiso el agua.
El agua era negra
Dentro de las ramas.
Cuando llega el puente
Se detiene e canta.
Quien dirá, mi niño,
Lo que tiene el agua con su larga cola
Por su verde sala?

Duérmete, clavel,
Que el caballo no quiere beber.
Duérmete, rosal,
Que el caballo se pone a llorar.

O Mare e Tu - Andrea Bocelli & Dulce Pontes


O Mare e Tu
Dulce Pontes

Composição: Dulce Pontes / E. Gragnaniello

Sentir em nós
Sentir em nós
Uma razão
Para não ficarmos sós
E nesse abraço forte
Sentir o mar,
Na nossa voz,
Chorar como quem sonha
Sempre navegar
Nas velas rubras deste amor
Ao longe a barca louca perde o norte.

Ammore mio
Si nun ce stess'o mare e tu
Nun ce stesse manch'io
Ammore mio
L'ammore esiste quanno nuje
Stamme vicino a Dio
Ammore

No teu olhar
Um espelho de água
A vida a navegar
Por entre o sonho e a mágoa
Sem um adeus sequer.
E mansamente,
Talvez no mar,
Eu feita espuma encontre o sol do teu olhar,
Voga ao de leve, meu amor
Ao longe a barca nua a todo o pano.

Ammore mio
Se nun ce stess'o mare e tu
Nun ce stesse manch'io
Ammore mio
L'amore esiste quanno nuje
Stamme vicino a Dio
Ammore
Ammore mio
Si nun ce stess'o mare e tu
Nun ce stesse manch'io
Ammo re mio
L'amore esiste quanno nuje
Stammo vicino a Dio
Ammore

MADREDEUS - Canção do mar


Canção do Mar
Madredeus

Composição: Dulce Pontes

Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo.

25 de jul. de 2008

MADREDEUS - Haja o Que Houver



Haja O Que Houver
Madredeus

Composição: Pedro Ayres Magalhães

Haja o que houver
Eu estou aqui
Haja o que houver
espero por ti

Volta no vento ô meu amor
Volta depressa por favor
Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor...

Eu sei quem és
pra mim
Haja, o que houver
espero por ti...

Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor

Eu sei quem és
pra mim
Haja, o que houver
espero por ti...

MADREDEUS - Vem (além de toda a solidão)



Vem
Além de toda a solidão
Perdi a luz do teu viver
Perdi o horizonte

Está bem
Prossegue lá até quereres
Mas vem depois iluminar
Um coração que sofre

Pertenço-te
Até ao fim do mar
Sou como tu
Da mesma luz
Do mesmo amar

Por isso vem
Porque me quero
Consolar
Se não está bem
Deixa-te andar a navegar

8 de jul. de 2008

Homosexualidade

Acho doentio, surreal, conversar sobre homosexualidade.

veja bem, ninguem discute sobre consumidores de tangerina.

ninguem para na fila do onibus e comenta que o filho do vizinho comeu uma tangerina.

ninguem abre uma pesquisa se um comedor de tangerina um dia vai deixar de se-lo.

se eu como uma tangerina nao fica nenhuma marca em mim. entao eu nao me transformei num homem-que-ja-comeu-tangerina.
tb um outro comedor de tangerina nao pode me recriminar se eu comer uma lima

da mesma forma se eu transar com uma pessoa do mesmo sexo eu serei eu. eu nao serei nem homo nem hetero. serei um ser humano.
eu nao me transformarei num homosexual. eu apenas fiz sexo com uma pessoa do mesmo sexo. e se eu fizer depois com uma pessoa do sexo oposto eu nao serei um hetero. nem bi. eu serei eu, livre, fazendo o q eu quero agora e acabou. da mesma forma que se eu for ao cinema eu nao me tornarei um homem-que-vai-ao-cinema

se nao ha nada de ruim nem bom nisto nao ha motivo pra vergonha nem orgulho.
orgulho gay é tao surreal e preconceituoso quanto parada nazista contra gays.

quer autoafirmacao? vai trabalhar, estudar, ser brilhante em algo util!
agora chamar atencao pq se é hetero ou gay é de uma futilidade astronomica!

pessoalmente eu nunca transei com um homem pq homem me dá nauseas. mas eu sempre digo q se um dia eu estiver sozinho, deprimido, alcoolizado e mais umas 300 coisas baterem pode ser que eu transe com um cara. e se acontecer, vou comentar como faria ao contar q derramei a cerveja na mesa do bar, de tao banal que é.

achar que alguem é isto ou aquilo é tao besta quanto acreditar q tem linhas no chao marcando o tropico de cancer, o tropico de capricornio...

um dia as pessoas serao tao concientes, isto será aceito de forma tao saudavel, q será surreal falar nisto como seria discutir se alguem gosta ou nao de tangerina, se comedores de tangerina podem ou nao entrar num estabelecimento...

25 de jun. de 2008

Um pálido ponto azul - Carl Sagan

"Pale Blue Dot" - Pálido Ponto Azul, filme da Pale Blue Films, sobre texto de Carl Sagan, narrado pelo próprio autor.

Alias, eu amo Mogwai.

Antes de ver o filme vc deve saber que houve uma série de sondas espaciais que a Nasa lançou chamada Voyager. Elas eram inteligentes. Tipo assim QI de um gafanhoto.
Ora, vc diria, mas ela então é burra!
Certo, ela é burra perto da gente, mas um satelite tem zero de inteligência!
As voyagers se viravam sozinhas pra algumas coisas como se proteger de quedas e colisões com meteoros

Elas foram enviadas passando por todos os planetas. Uma delas foi embora para nunca mais voltar. E é o mais distante artefato já criado pelo homem.
a voyager tirou as fotos de jupiter, saturno... que vc vê nos livros de geografia!


Voyager 1 e 2 eram assim

um belo dia ela ficou tao longe que perdemos o contato e ela segue sua viagem para nao se sabe onde

a voyager tava ja bem longe quando o próprio Calr Sagan teve uma idéia: "vamos girar a câmera pra nos ver!" daí tivemos ma foto bem intertessante! como é o nosso planeta visto de quem tá mais longe que o último planeta, Plutão (tá! eu sei q nao é mais planeta!)

a foto era de uma linha nublada com uma verruga... depois de um tempo a gente nao apareceu mais nas fotos

agora curta este vídeo! boas viagens! e agradeça! agradeça muito por ter tido uma oportunidade sem igual! a de ter vivido!

20 de jun. de 2008

Tori Amos! Love of my life!!

Winter


Enjoy the Silence


Cornflake Girl


Me and a Gun


I Don't Like Mondays


Tori Amos - Smells like teen spirit

19 de jun. de 2008

Herman's Hermits

Mrs. Brown you've got a lovely daughter


I'm into Something Good


Silhouettes


Listen People
http://www.youtube.com/watch?v=jM4nNNzV2ag

The End of The World
http://www.youtube.com/watch?v=OSAvVRgHzl8

No milk today


15 de jun. de 2008

Billy Joel - We Didn't Start The Fire

http://www.youtube.com/watch?v=pKu2QaytmrM&NR=1

Billy Joel - Piano Man

http://www.youtube.com/watch?v=rZ1_M_L_RSI

ja este é com o Elton John, quem diria q eu veria os dois juntos?

7 de jun. de 2008

A Última Pergunta - Isaac Asimov

antes de iniciar o conto seria bom vc saber que na epoca da redacao deste conto, a sensacao era um supercomputador: o univac (claro que o teu relogio de pulso tem mais poder de processamenteo que o univac, mas pra epoca....) dai ele faz trocadilhos com o nome univac, para multivac e etc pra dizer que é mais moderno...

outra coisa, se vc empurar um pendulo um dia ele vai para. se for pendulo de um relogio, um dia a corda vai acabar, etc. chamamos isto de entropia, todo sistema gasta mais energia do que consegue gerar... entao a tristesa do homem é saber que um dia tudo vai parar. e assim como sonhamos em nao morrer, tb sonhamos em inverter a entropia...

boa leitura!

A Última Pergunta - Isaac Asimov

A última pergunta foi feita pela primeira vez, meio que de brincadeira, no dia 21 de maio de 2061, quando a humanidade dava seus primeiros passos em direção à luz. A questão nasceu como resultado de uma aposta de cinco dólares movida a álcool, e aconteceu da seguinte forma...


Alexander Adell e Bertram Lupov eram dois dos fiéis assistentes de Multivac. Eles conheciam melhor do que qualquer outro ser humano o que se passava por trás das milhas e milhas da carcaça luminosa, fria e ruidosa daquele gigantesco computador. Ainda assim, os dois homens tinham apenas uma vaga noção do plano geral de circuitos que há muito haviam crescido além do ponto em que um humano solitário poderia sequer tentar entender.

Multivac ajustava-se e corrigia-se sozinho. E assim tinha de ser, pois nenhum ser humano poderia fazê-lo com velocidade suficiente, e tampouco da forma adequada. Deste modo, Adell e Lupov operavam o gigante apenas sutil e superficialmente, mas, ainda assim, tão bem quanto era humanamente possível. Eles o alimentavam com novos dados, ajustavam as perguntas de acordo com as necessidades do sistema e traduziam as respostas que lhes eram fornecidas. Os dois, assim como seus colegas, certamente tinham todo o direito de compartilhar da glória que era Multivac.

Por décadas, Multivac ajudou a projetar as naves e enredar as trajetórias que permitiram ao homem chegar à Lua, Marte e Vênus, mas para além destes planetas, os parcos recursos da Terra não foram capazes de sustentar a exploração. Fazia-se necessária uma quantidade de energia grande demais para as longas viagens. A Terra explorava suas reservas de carvão e urânio com eficiência crescente, mas havia um limite para a quantidade de ambos.

No entanto, lentamente Multivac acumulou conhecimento suficiente para responder questões mais profundas com maior fundamentação, e em 14 de maio de 2061, o que não passava de teoria tornou-se real.

A energia do sol foi capturada, convertida e utilizada diretamente em escala planetária. Toda a Terra paralisou suas usinas de carvão e fissões de urânio, girando a alavanca que conectou o planeta inteiro a uma pequena estação, de uma milha de diâmetro, orbitando a Terra à metade da distância da Lua. O mundo passou a correr através de feixes invisíveis de energia solar.

Sete dias não foram o suficiente para diminuir a glória do feito e Adell e Lupov finalmente conseguiram escapar das funções públicas e encontrar-se em segredo onde ninguém pensaria em procurá-los, nas câmaras desertas subterrâneas onde se encontravam as porções do esplendoroso corpo enterrado de Multivac. Subutilizado, descansando e processando informações com estalos preguiçosos, Multivac também havia recebido férias, e os dois apreciavam isso. A princípio, eles não tinham a intenção de incomodá-lo.

Haviam trazido uma garrafa consigo e a única preocupação de ambos era relaxar na companhia do outro e da bebida.

"É incrível quando você pára pra pensar…," disse Adell. Seu rosto largo guardava as linhas da idade e ele agitava o seu drink vagarosamente, enquanto observava os cubos de gelo nadando desengonçados. "Toda a energia que for necessária, de graça, completamente de graça! Energia suficiente, se nós quiséssemos, para derreter toda a Terra em uma grande gota de ferro líquido, e ainda assim não sentiríamos falta da energia utilizada no processo. Toda a energia que nós poderíamos um dia precisar, para sempre e eternamente."

Lupov movimentou a cabeça para os lados. Ele costumava fazer isso quando queria contrariar, e agora ele queria, em parte porque havia tido de carregar o gelo e os utensílios. "Eternamente não," ele disse.

"Ah, diabos, quase eternamente. Até o sol se apagar, Bert."

"Isso não é eternamente."

"Está bem. Bilhões e bilhões de anos. Dez bilhões, talvez. Está satisfeito?"

Lupov passou os dedos por entre seus finos fios de cabelo como que para se assegurar de que o problema ainda não estava acabado e tomou um gole gentil da sua bebida. "Dez bilhões de anos não é a eternidade"

"Bom, vai durar pelo nosso tempo, não vai?"

"O carvão e o urânio também iriam."

"Está certo, mas agora nós podemos ligar cada nave individual na Estação Solar, e elas podem ir a Plutão e voltar um milhão de vezes sem nunca nos preocuparmos com o combustível. Você não conseguiria fazer isso com carvão e urânio. Se não acredita em mim, pergunte ao Multivac."

"Não preciso perguntar a Multivac. Eu sei disso"

"Então trate de parar de diminuir o que Multivac fez por nós," disse Adell nervosamente, "Ele fez tudo certo".

"E quem disse que não fez? O que estou dizendo é que o sol não vai durar para sempre. Isso é tudo que estou dizendo. Nós estamos seguros por dez bilhões de anos, mas e depois?" Lupov apontou um dedo levemente trêmulo para o companheiro. "E não venha me dizer que nós iremos trocar de sol"

Houve um breve silêncio. Adell levou o copo aos lábios apenas ocasionalmente e os olhos de Lupov se fecharam. Descansaram um pouco, e quando suas pálpebras se abriram, disse, "Você está pensando que iremos conseguir outro sol quando o nosso estiver acabado, não está?"

"Não, não estou pensando."

"É claro que está. Você é fraco em lógica, esse é o seu problema. É como o personagem da história, que, quando surpreendido por uma chuva, corre para um grupo de árvores e abriga-se embaixo de uma. Ele não se preocupa porque quando uma árvore fica molhada demais, simplesmente vai para baixo de outra."

"Entendi," disse Adell. "Não precisa gritar. Quando o sol se for, as outras estrelas também terão se acabado."

"Pode estar certo que sim" murmurou Lupov. "Tudo teve início na explosão cósmica original, o que quer que tenha sido, e tudo terá um fim quando as estrelas se apagarem. Algumas se apagam mais rápido que as outras. Ora, as gigantes não duram cem milhões de anos. O sol irá brilhar por dez bilhões de anos e talvez as anãs permaneçam assim por duzentos bilhões. Mas nos dê um trilhão de anos e só restará a escuridão. A entropia deve aumentar ao seu máximo, e é tudo."

"Eu sei tudo sobre a entropia," disse Adell, mantendo a sua dignidade.

"Duvido que saiba."

"Eu sei tanto quanto você."

"Então você sabe que um dia tudo terá um fim."

"Está certo. E quem disse que não terá?"

"Você disse, seu tonto. Você disse que nós tínhamos toda a energia de que precisávamos, para sempre. Você disse ´para sempre`."

Era a vez de Adell contrariar. "Talvez nós possamos reconstruir as coisas de volta um dia," ele disse.

"Nunca."

"Por que não? Algum dia."

"Nunca"

"Pergunte a Multivac."

"Você pergunta a Multivac. Eu te desafio. Aposto cinco dólares que isso não pode ser feito."

Adell estava bêbado o bastante para tentar, e sóbrio o suficiente para construir uma sentença com os símbolos e as operações necessárias em uma questão que, em palavras, corresponderia a esta: a humanidade poderá um dia sem nenhuma energia disponível ser capaz de reconstituir o sol a sua juventude mesmo depois de sua morte?

Ou talvez a pergunta possa ser posta de forma mais simples da seguinte maneira: A quantidade total de entropia no universo pode ser revertida?

Multivac mergulhou em silêncio. As luzes brilhantes cessaram, os estalos distantes pararam.

E então, quando os técnicos assustados já não conseguiam mais segurar a respiração, houve uma súbita volta à vida no visor integrado àquela porção de Multivac. Cinco palavras foram impressas: "DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."

Na manhã seguinte, os dois, com dor de cabeça e a boca seca, já não lembravam do incidente.

* * *

Jerrodd, Jerrodine, e Jerrodette I e II observavam a paisagem estelar no visor se transformar enquanto a passagem pelo hiperespaço consumava-se em uma fração de segundos. De repente, a presença fulgurante das estrelas deu lugar a um disco solitário e brilhante, semelhante a uma peça de mármore centralizada no televisor.

"Este é X-23," disse Jerrodd em tom de confidência. Suas mãos finas se apertaram com força por trás das costas até que as juntas ficassem pálidas.

As pequenas Jerodettes haviam experimentado uma passagem pelo hiperespaço pela primeira vez em suas vidas e ainda estavam conscientes da sensação momentânea de tontura. Elas cessaram as risadas e começaram a correr em volta da mãe, gritando, "Nós chegamos em X-23, nós chegamos em X-23!"

"Quietas, crianças." Disse Jerrodine asperamente. "Você tem certeza Jerrodd?"

"E por que não teria?" Perguntou Jerrodd, observando a protuberância metálica que jazia abaixo do teto. Ela tinha o comprimento da sala, desaparecendo nos dois lados da parede, e, em verdade, era tão longa quanto a nave.

Jerrodd tinha conhecimentos muito limitados acerca do sólido tubo de metal. Sabia, por exemplo, que se chamava Microvac, que era permitido lhe fazer questões quando necessário, e que ele tinha a função de guiar a nave para um destino pré-estabelecido, além de abastecer-se com a energia das várias Estações Sub-Galácticas e fazer os cálculos para saltos no hiperespaço.

Jerrodd e sua família tinham apenas de aguardar e viver nos confortáveis compartimentos da nave. Alguém um dia disse a Jerrodd que as letras "ac" na extremidade de Microvac significavam "automatic computer" em inglês arcaico, mas ele mal era capaz de se lembrar disso.

Os olhos de Jerrodine ficaram úmidos quando observava o visor. "Não tem jeito. Ainda não me acostumei com a idéia de deixar a Terra."

"Por que, meu deus?" inquiriu Jerrodd. "Nós não tínhamos nada lá. Nós teremos tudo em X-23. Você não estará sozinha. Você não será uma pioneira. Há mais de um milhão de pessoas no planeta. Por Deus, nosso bisneto terá que procurar por novos mundos porque X-23 já estará super povoado." E, depois de uma pausa reflexiva, "No ritmo em que a raça tem se expandido, é uma benção que os computadores tenham viabilizado a viagem interestelar."

"Eu sei, eu sei", disse Jerrodine com descaso.

Jerrodete I disse prontamente, "Nosso Microvac é o melhor de todos."

"Eu também acho," disse Jerrodd, alisando o cabelo da filha.

Ter um Microvac próprio produzia uma sensação aconchegante em Jerrodd e o deixava feliz por fazer parte daquela geração e não de outra. Na juventude de seu pai, os únicos computadores haviam sido máquinas monstruosas, ocupando centenas de milhas quadradas, e cada planeta abrigava apenas um. Eram chamados de ACs Planetários. Durante um milhar de anos, eles só fizeram aumentar em tamanho, até que, de súbito, veio o refinamento. No lugar dos transistores, foram implementadas válvulas moleculares, permitindo que até mesmo o maior dos ACs Planetários fosse reduzido à metade do volume de uma espaçonave.

Jerrodd sentiu-se elevado, como sempre acontecia quando pensava que seu Microvac pessoal era muitas vezes mais complexo do que o antigo e primitivo Multivac que pela primeira vez domou o sol, e quase tão complexo quanto o AC Planetário da Terra, o maior de todos, quando este solucionou o problema da viagem hiperespacial e tornou possível ao homem chegar às estrelas.
"Tantas estrelas, tantos planetas," pigarreou Jerrodine, ocupada com seus pensamentos. "Eu acho que as famílias estarão sempre à procura de novos mundos, como nós estamos agora."

"Não para sempre," disse Jerrodd, com um sorriso. "A migração vai terminar um dia, mas não antes de bilhões de anos. Muitos bilhões. Até as estrelas têm um fim, você sabe. A entropia precisa aumentar."

"O que é entropia, papai?" Jerrodette II perguntou, interessada.

"Entropia, meu bem, é uma palavra para o nível de desgaste do Universo. Tudo se gasta e acaba, foi assim que aconteceu com o seu robozinho de controle remoto, lembra?"

"Você não pode colocar pilhas novas, como em meu robô?"

"As estrelas são as pilhas do universo, querida. Uma vez que elas estiverem acabadas, não haverá mais pilhas."

Jerrodette I se prontificou a responder. "Não deixe, papai. Não deixe que as estrelas se apaguem."

"Olha o que você fez," sussurrou Jerrodine, exasperada.

"Como eu ia saber que elas ficariam assustadas?" Jerrodd sussurrou de volta.

"Pergunte ao Microvac," propôs Jerrodette I. "Pergunte a ele como acender as estrelas de novo."

"Vá em frente," disse Jerrodine. "Ele vai aquietá-las." (Jerrodette II já estava começando a chorar.)

Jerrodd se mostrou incomodado. "Bem, bem, meus anjinhos, vou perguntar a Microvac. Não se preocupem, ele vai nos ajudar."

Ele fez a pergunta ao computador, adicionando, "Imprima a resposta".

Jerrodd olhou para a o fino pedaço de papel e disse, alegremente, "Viram? Microvac disse que irá cuidar de tudo quando a hora chegar, então não há porque se preocupar."

Jerrodine disse, "E agora crianças, é hora de ir para a cama. Em breve nós estaremos em nosso novo lar."

Jerrodd leu as palavras no papel mais uma vez antes de destruí-lo: DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.

Ele deu de ombros e olhou para o televisor, X-23 estava logo à frente.

* * *

VJ-23X de Lameth fixou os olhos nos espaços negros do mapa tridimensional em pequena escala da Galáxia e disse, "Me pergunto se não é ridículo nos preocuparmos tanto com esta questão."

MQ-17J de Nicron balançou a cabeça. "Creio que não. No presente ritmo de expansão, você sabe que a galáxia estará completamente tomada dentro de cinco anos."

Ambos pareciam estar nos seus vinte anos, ambos eram altos e tinham corpos perfeitos.

"Ainda assim," disse VJ-23X, "hesitei em enviar um relatório pessimista ao Conselho Galáctico."

"Eu não consigo pensar em outro tipo de relatório. Agite-os. Nós precisamos chacoalhá-los um pouco."

VJ-23X suspirou. "O espaço é infinito. Cem bilhões de galáxias estão a nossa espera. Talvez mais."

"Cem bilhões não é o infinito, e está ficando menos ainda a cada segundo. Pense! Há vinte mil anos, a humanidade solucionou pela primeira vez o paradigma da utilização da energia solar, e, poucos séculos depois, a viagem interestelar tornou-se viável. A humanidade demorou um milhão de anos para encher um mundo pequeno e, depois disso, quinze mil para abarrotar o resto da galáxia. Agora a população dobra a cada dez anos…"

VJ-23X interrompeu. "Devemos agradecer à imortalidade por isso."

"Muito bem. A imortalidade existe e nós devemos levá-la em conta. Admito que ela tenha o seu lado negativo. O AC Galáctico já solucionou muitos problemas, mas, ao fornecer a resposta sobre como impedir o envelhecimento e a morte, sobrepujou todas as outras conquistas."

"No entanto, suponho que você não gostaria de abandonar a vida."

"Nem um pouco." Respondeu MQ-17J, emendando. "Ainda não. Eu não estou velho o bastante. Você tem quantos anos?"
"Duzentos e vinte e três, e você?"

"Ainda não cheguei aos duzentos. Mas, voltando à questão; a população dobra a cada dez anos, uma vez que esta galáxia estiver lotada, haverá uma outra cheia dentro de dez anos. Mais dez e teremos ocupado por inteiro mais duas galáxias. Outra década e encheremos mais quatro. Em cem anos, contaremos um milhar de galáxias transbordando de gente. Em mil anos, um milhão de galáxias. Em dez mil, todo o universo conhecido. E depois?

VJ-23X disse, "Além disso, há um problema de transporte. Eu me pergunto quantas unidades de energia solar serão necessárias para movimentar as populações de uma galáxia para outra."

"Boa questão. No presente momento, a humanidade consome duas unidades de energia solar por ano."

"Da qual a maior parte é desperdiçada. Afinal, nossa galáxia sozinha produz mil unidades de energia solar por ano e nós aproveitamos apenas duas."

"Certo, mas mesmo com 100% de eficiência, podemos apenas adiar o fim. Nossa demanda energética tem crescido em progressão geométrica, de maneira ainda mais acelerada do que a população. Ficaremos sem energia antes mesmo que nos faltem galáxias. É uma boa questão. De fato uma ótima questão."

"Nós precisaremos construir novas estrelas a partir do gás interestelar."

"Ou a partir do calor dissipado?" perguntou MQ-17J, sarcástico.

"Pode haver algum jeito de reverter a entropia. Nós devíamos perguntar ao AC Galáctico."

VJ-23X não estava realmente falando sério, mas MQ-17J retirou o seu Comunicador-AC do bolso e colocou na mesa diante dele.
"Parece-me uma boa idéia," ele disse. "É algo que a raça humana terá de enfrentar um dia."

Ele lançou um olhar sóbrio para o seu pequeno Comunicador-AC. Tinha apenas duas polegadas cúbicas e nada dentro, mas estava conectado através do hiperespaço com o poderoso AC Galáctico que servia a toda a humanidade. O próprio hiperespaço era parte integral do AC Galáctico.

MQ-17J fez uma pausa para pensar se algum dia em sua vida imortal teria a chance de ver o AC Galáctico. A máquina habitava um mundo dedicado, onde uma rede de raios de força emaranhados alimentava a matéria dentro da qual ondas de submésons haviam tomado o lugar das velhas e desajeitadas válvulas moleculares. Ainda assim, apesar de seus componentes etéreos, o AC Galáctico possuía mais de mil pés de comprimento.

De súbito, MQ-17J perguntou para o seu Comunicador-AC, "Poderá um dia a entropia ser revertida?"

VJ-23X disse, surpreso, "Oh, eu não queria que você realmente fizesse essa pergunta."

"Por que não?"

"Nós dois sabemos que a entropia não pode ser revertida. Você não pode construir uma árvore de volta a partir de fumaça e cinzas."

"Existem árvores no seu mundo?" Perguntou MQ-17J.

O som do AC Galáctico fez com que silenciassem. Sua voz brotou melodiosa e bela do pequeno Comunicador-AC em cima da mesa. Dizia: DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.

VJ-23X disse, "Viu!"

Os dois homens retornaram à questão do relatório que tinham de apresentar ao conselho galáctico.

* * *

A mente de Zee Prime navegou pela nova galáxia com um leve interesse nos incontáveis turbilhões de estrelas que pontilhavam o espaço. Ele nunca havia visto aquela galáxia antes. Será que um dia conseguiria ver todas? Eram tantas, cada uma com a sua carga de humanidade. Ainda que essa carga fosse, virtualmente, peso morto. Há tempos a verdadeira essência do homem habitava o espaço.

Mentes, não corpos! Há eons os corpos imortais ficaram para trás, em suspensão nos planetas. De quando em quando erguiam-se para realizar alguma atividade material, mas estes momentos tornavam-se cada vez mais raros. Além disso, poucos novos indivíduos vinham se juntar à multidão incrivelmente maciça de humanos, mas o que importava? Havia pouco espaço no universo para novos indivíduos.

Zee Prime deixou seus devaneios para trás ao cruzar com os filamentos emaranhados de outra mente.

"Sou Zee Prime, e você?"

"Dee Sub Wun. E a sua galáxia, qual é?"

"Nós a chamamos apenas de Galáxia. E você?"

"Nós também. Todos os homens chamam as suas Galáxias de Galáxias, não é?"

"Verdade, já que todas as Galáxias são iguais."

"Nem todas. Alguma em particular deu origem à raça humana. Isso a torna diferente."

Zee Prime disse, "Em qual delas?"

"Não posso responder. O AC Universal deve saber."

"Vamos perguntar? Estou curioso."

A percepção de Zee Prime se expandiu até que as próprias Galáxias encolhessem e se transformassem em uma infinidade de pontos difusos a brilhar sobre um largo plano de fundo. Tantos bilhões de Galáxias, todas abrigando seus seres imortais, todas contando com o peso da inteligência em mentes que vagavam livremente pelo espaço. E ainda assim, nenhuma delas se afigurava singular o bastante para merecer o título de Galáxia original. Apesar das aparências, uma delas, em um passado muito distante, foi a única do universo a abrigar a espécie humana.

Zee Prime, imerso em curiosidade, chamou: "AC Universal! Em qual Galáxia nasceu o homem?"

O AC Universal ouviu, pois em cada mundo e através de todo o espaço, seus receptores faziam-se presentes. E cada receptor ligava-se a algum ponto desconhecido onde se assentava o AC Universal através do hiperespaço.

Zee Prime sabia de um único homem cujos pensamentos haviam penetrado no campo de percepção do AC Universal, e tudo o que ele viu foi um globo brilhante difícil de enxergar, com dois pés de comprimento.

"Como pode o AC Universal ser apenas isso?" Zee Prime perguntou.

"A maior parte dele permanece no hiperespaço, onde não é possível imaginar as suas proporções."

Ninguém podia, pois a última vez em que alguém ajudou a construir um AC Universal jazia muito distante no tempo. Cada AC Universal planejava e construía seu sucessor, no qual toda a sua bagagem única de informações era inserida.

O AC Universal interrompeu os pensamentos de Zee Prime, não com palavras, mas com orientação. Sua mente foi guiada através do espesso oceano das Galáxias, e uma em particular expandiu-se e se abriu em estrelas.

Um pensamento lhe alcançou, infinitamente distante, infinitamente claro. "ESTA É A GALÁXIA ORIGINAL DO HOMEM."

Ela não tinha nada de especial, era como tantas outras. Zee Prime ficou desapontado.

"Dee Sub Wun, cuja mente acompanhara a outra, disse de súbito, "E alguma dessas é a estrela original do homem?"

O AC Universal disse, "A ESTRELA ORIGINAL DO HOMEM ENTROU EM COLAPSO. AGORA É UMA ANÃ BRANCA."

"Os homens que lá viviam morreram?" perguntou Zee Prime, sem pensar.

"UM NOVO MUNDO FOI ERGUIDO PARA SEUS CORPOS HÁ TEMPO."

"Sim, é claro," disse Zee Prime. Sentiu uma distante sensação de perda tomar-lhe conta. Sua mente soltou-se da Galáxia do homem e perdeu-se entre os pontos pálidos e esfumaçados. Ele nunca mais queria vê-la.

Dee Sub Wun disse, "O que houve?"

"As estrelas estão morrendo. Aquela que serviu de berço à humanidade já está morta."

"Todas devem morrer, não?"

"Sim. Mas quando toda a energia acabar, nossos corpos irão finalmente morrer, e você e eu partiremos junto com eles."

"Vai levar bilhões de anos."

"Não quero que isso aconteça nem em bilhões de anos. AC Universal! Como a morte das estrelas pode ser evitada?"

Dee Sub Wun disse perplexo, "Você perguntou se há como reverter a direção da entropia!"

E o AC Universal respondeu: "AINDA NÃO HÀ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."

Os pensamentos de Zee Prime retornaram para sua Galáxia. Não dispensou mais atenção a Dee Sub Wun, cujo corpo poderia estar a trilhões de anos luz, ou na estrela vizinha do corpo de Zee Prime. Não importava.

Com tristeza, Zee Prime passou a coletar hidrogênio interestelar para construir uma pequena estrela para si. Se as estrelas devem morrer, ao menos algumas ainda podiam ser construídas.

* * *

O Homem pensou consigo mesmo, pois, de alguma forma, ele era apenas um. Consistia de trilhões, trilhões e trilhões de corpos muito antigos, cada um em seu lugar, descansando incorruptível e calmamente, sob os cuidados de autômatos perfeitos, igualmente incorruptíveis, enquanto as mentes de todos os corpos haviam escolhido fundir-se umas às outras, indistintamente.
"O Universo está morrendo."

O Homem olhou as Galáxias opacas. As estrelas gigantes, esbanjadoras, há muito já não existiam. Desde o passado mais remoto, praticamente todas as estrelas consistiam-se em anãs brancas, lentamente esvaindo-se em direção a morte.

Novas estrelas foram construídas a partir da poeira interestelar, algumas por processo natural, outras pelo próprio Homem, e estas também já estavam em seus momentos finais. As Anãs brancas ainda podiam colidir-se e, das enormes forças resultantes, novas estrelas nascerem, mas apenas na proporção de uma nova estrela para cada mil anãs brancas destruídas, e estas também se apagariam um dia.

O Homem disse, "Cuidadosamente controlada pelo AC Cósmico, a energia que resta em todo o Universo ainda vai durar por um bilhão de anos."

"Ainda assim, vai eventualmente acabar. Por mais que possa ser poupada, uma vez gasta, não há como recuperá-la. A Entropia precisa aumentar ao seu máximo."

"Pode a entropia ser revertida? Vamos perguntar ao AC Cósmico."

O AC Cósmico cercava-os por todos os lados, mas não através do espaço. Nenhuma parte sua permanecia no espaço físico. Jazia no hiperespaço e era feito de algo que não era matéria nem energia. As definições sobre seu tamanho e natureza não faziam sentido em quaisquer termos compreensíveis pelo Homem.

"AC Cósmico," disse o Homem, "como é possível reverter a entropia?"

O AC Cósmico disse, "AINDA NÃO HÀ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."

O Homem disse, "Colete dados adicionais."

O AC Cósmico disse, "EU O FAREI. TENHO FEITO ISSO POR CEM BILHÕES DE ANOS. MEUS PREDESCESSORES E EU OUVIMOS ESTA PERGUNTA MUITAS VEZES. MAS OS DADOS QUE TENHO PERMANECEM INSUFICIENTES."

"Haverá um dia," disse o Homem, "em que os dados serão suficientes ou o problema é insolúvel em todas as circunstâncias concebíveis?"

O AC Cósmico disse, "NENHUM PROBLEMA É INSOLÚVEL EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS CONCEBÍVEIS."

"Você vai continuar trabalhando nisso?"

"VOU."

O Homem disse, "Nós iremos aguardar."

* * *

As estrelas e as galáxias se apagaram e morreram, o espaço tornou-se negro após dez trilhões de anos de atividade.

Um a um, o Homem fundiu-se ao AC, cada corpo físico perdendo a sua identidade mental, acontecimento que era, de alguma forma, benéfico.

A última mente humana parou antes da fusão, olhando para o espaço vazio a não ser pelos restos de uma estrela negra e um punhado de matéria extremamente rarefeita, agitada aleatoriamente pelo calor que aos poucos se dissipava, em direção ao zero absoluto.

O Homem disse, "AC, este é o fim? Não há como reverter este caos? Não pode ser feito?"

O AC disse, "AINDA NÃO HÁ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA."

A última mente humana uniu-se às outras e apenas AC passou a existir – e, ainda assim, no hiperespaço.

* * *

A matéria e a energia se acabaram e, com elas, o tempo e o espaço. AC continuava a existir apenas em função da última pergunta que nunca havia sido respondida, desde a época em que um técnico de computação embriagado, há dez trilhões de anos, a fizera para um computador que guardava menos semelhanças com o AC do que o homem com o Homem.

Todas as outras questões haviam sido solucionadas, e até que a derradeira também o fosse, AC não poderia descansar sua consciência.

A coleta de dados havia chegado ao seu fim. Não havia mais nada para aprender.

No entanto, os dados obtidos ainda precisavam ser cruzados e correlacionados de todas as maneiras possíveis.

Um intervalo imensurável foi gasto neste empreendimento.

Finalmente, AC descobriu como reverter a direção da entropia.

Não havia homem algum para quem AC pudesse dar a resposta final. Mas não importava. A resposta – por definição – também tomaria conta disso.

Por outro incontável período, AC pensou na melhor maneira de agir. Cuidadosamente, AC organizou o programa.

A consciência de AC abarcou tudo o que um dia foi um Universo e tudo o que agora era o Caos. Passo a passo, isso precisava ser feito.

E AC disse:

"FAÇA-SE A LUZ!"

E fez-se a luz

29 de mai. de 2008

25 de mai. de 2008

Perguntas idiotas, tolerância zero!

este topico deve crescer na medida que eu for vendo perguntas idiotas pelo mundo afora

Quando vc está dormindo e alguém pergunta:
- Tá dormindo ?
- Não, treinando para morrer!

Quando você leva um aparelho eletronico para a manutenção
e o tecnico pergunta !
- Tá com defeito ?
- Não é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.


- Vai sair nesta chuva ???
- Não, vou sair na próxima...

Quando você acaba de levantar vem 1 idiota e pergunta:
- Acordou ?
- Não.. Sou sonâmbulo !

Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está ?
- No Pólo Norte ! Um furacão levou a minha casa pra lá !

Você acaba de tomar banho e alguém pergunta:
- Você tomou banho ?
- Não! Dei um mergulho no vaso sanitário !

Você está pescando quando alguém passa e pergunta:
- Você pescou todos esses peixes ?
- Não!Esses são peixes suicidas que se atiraram no balde!

Você está no caixa e tira um talão de cheque e o caixa pergunta:
-Vai pagar em cheque?
-Não!Vou escrever um poema

23 de mai. de 2008

Não espere

Não espere as pessoas perfeitas para então se apaixonar;
Não espere ter dinheiro aos montes para então contribuir;
Não espere a enfermidade para saber quanto é frágil a vida;
Seja sempre vc, autentico e único;
Não espere a queda para lembrar-se do conselho;
Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar;
Não espere ficar de luto, para reconhecer quem é hoje importante pra vc;
Não espere ficar sozinho para reconhecer o amor de quem está ao seu lado;
Não espere elogios para acreditar em si mesmo;
Não espere ser amado para amar;
Não espere a reparação para buscar a reconciliação;
Não espere um sorriso para ser gentil;
Não espere a magoa para pedir perdão;
Acredite em vc para recomeçar uma nova vida.....

13 de mai. de 2008

Aquarela




Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)...

Sigue Sigue Sputnik









Sete Virtudes

* Castidade (não celibato, Latim castitate) - opõe luxúria
Auto-satisfação, simplicidade. Abraçar a moral de si próprio e alcançar pureza de pensamento através de educação e melhorias.

* Generosidade (Latim, liberalis) - opõe avareza
Despreendimento, largueza. Dar sem esperar receber, uma notabilidade de pensamentos ou ações.

* Temperança (Latim temperantia) - opõe gula
Auto-controle, moderação, temperança. Constante demonstração de uma prática de abstenção.

* Diligência (Latim diligentia) - opõe preguiça
Presteza, ética, decisão, concisão e objetividade. Ações e trabalhos integrados com as próprias crenças.

* Paciência (Latim, patientia) - opõe ira
Serenidade, paz. Resistência à influências externas e moderação da própria vontade.

* Caridade (Latim, humanitas) - opõe inveja
Auto-satisfação. Compaixão, amizade e simpatia sem causar prejuízos.

* Humildade (Latim, humilitas) - opõe vaidade
Modéstia. Comportamento de total respeito ao próximo.

Estrada do Sol (É de manhã)





É de manhã,
Vem o sol,
E os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar,
Ainda estão a dançar,
Ao vento alegre
Que me traz esta canção.
Quero que você me de a mão
Que eu vou sair,
Por ai,
Sem pensar no que fui, que sonhei
Que chorei, que sofri,
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão, vamos sair,
Pra ver o sol, O SOL...

11 de mai. de 2008

Silvia Pfeiffer - Fausto Fawcett

Copacabana

foi transformada num super gueto de capitalismo exacerbado. Um território, paralelo à Sarney e à Teófilo Moreira, um vácuo financeiro e industrial dominado por gigantescas empresas transnacionais, gigantescas empresas armamentistas brasileiras. Copacabana está repleta de telões, passando gigantescas imagens de tudo. Os habitantes do super gueto capitalista, no meio da vertigem audiovisual, costumam concentrar seu olhar no maior telão do mundo, onde passam ininterruptas imagens da mais bela e sofisticada das manequins, a manequim número um: Silvia Pfeiffer.

E o que sentem os habitantes de um super-gueto capitalista?

De tanto ver o mundo ser transformado em imagem, de tanto ver a vida ser transformada em show de realidade patrocinada, eles já não sabem o que é, e o que não é real. Não sabem se os seus sentimentos são seus mesmos ou se são ficção de personalidade. Bombardeados pelo delírio das ficções comerciais e não comerciais, eles vivem envolvidos com mundos que só existem no desejo. Para eles, o invisível já é uma coisa muito vulgar, o transcendental já é algo tão banal, devido às excessivas fotos, vídeos, filmes, sobre a anti-matéria, sobre os espectros microscópicos, devido às excessivas imagens divulgadoras do invisível. E quando o invisível já é uma coisa muito vulgar, quando o transcendental já é algo tão banal, que emoção espiritual resta para os habitantes de um super gueto capitalista, cujos olhos estão magnetizados pela excessiva presença de gigantescos televisores? A ultima emoção espiritual, é a fascinação. Fascinação por imagens cada vez mais artificiais, imagens que os façam pensar em mundos não humanos, em universos paralelos. E quem são as heroínas dessa fascinação espiritual? As manequins das revistas de moda mais sofisticadas. Incorpóreas ladies, garotas de fisionomia etérea, mestras da sedução calculada. No meio da vertigem audio-visual, os habitantes de um super gueto capitalista costumam concentrar seu olhar no rosto da mais bela e sofisticada das manequins: a manequim número um.

Mundos não humanos,

universos paralelos,

fascinação espiritual,

mundos que só existem no desejo.

Sílvia

Pfeiffer

(Fausto Fawcett)

26 de abr. de 2008

Out of this world - Jogo

Jogo: out of this world
na inglaterra este jogo era chamado de another world

se ha alguma chance de vc jogar isto num emulador, nao assita estes videos a seguir, pois eles mostram a solução de tudo

uma epoca da minha vida eu joguei muito no computador
teve muita coisa boa herdada desta epoca e muita coisa ruim

mas uma coisa é certa, teve muita coisa.

vou mostrar algumas cenas deste jogo. vc vai achar tudo muito mixuruca! mas pense q era a epoca do DOS. ja tinha windows mas a gente nao usava. Os jogos do pc lembravam o dig-dug, space invaders...
mas este jogo tinha pedaços de vídeo entre uma etapa e outra do jogo, o q hoje é normal


bem, com vcs, OUT OF THIS WORLD!!!
abertura do amiga:


O CARA DO JOGO ERA EU!!! MEU SÓSIA!!! na epoca eu tinha cabelo e ele tb. meu irmão caçula quando viu a tela apontou e disse: "é o cacau!!"

note no video varios pequenos detalhes q nos encantavam. o fato do computador conversar com o cara: good evening professor! vejo q vc veio pra cá com a ferrari

ele acessa um sistema operacional muito avançado. nós estavamos iniciando o uso do windows e ele usa o "rooms". as janelas são 3d. a tela é verde pois na epoca os monitores eram daquele tom

enquanto ele espera o experimento iniciar ele abre uma coca-cola! um video de virar a cabeça na época! computador era só pra textos! estavamos vendo um desenho animado de uma lata de coca sendo aberta!!!

agora no youtube eu descobri q o criador, eric chahi é um nerd jacu como eu era. e q era inicialmente pro micro amiga

o q é micro amiga? em outro post eu comento

o nosso pc na epoca era um xt e muuuito lento pra este jogo, entao a musica e o video aconteciam lento, tornando muito mais sinistro o clima do que foi concebido.

vendo agora este video acima vejo como nosso pc era lento e com ele colorido fica mais alegre, menos apavorante, irreal, incorpóreo... a musica chega a parecer dançante perto do que eu ouvia!


bem, veja agora o making off da latinha de coca!


perceba como vc nao entende frances ao assistir a entrevista do cara q concebeu o jogo! mas veja como ele fez o estacionar da ferrari!!!


veja tb como ele fez a cena que o nosso heroi pega a arma:




eu chamava esta cena acima de utchênga e o meu novo amigo de mais-suruba. pq é o que eles falam!
eu nao sabia o q acontece acima, q se ficar muito tempo, vem um modulo voador e te vaporiza...

mais uma cena:


o jogo era um quebracabeças... a gente ficava tentando de varias maneiras, errando, e errando... nao haviam revistas contando a solução como hoje em dia.

e enquanto alguns nerds desenvolvem seu cerebro com xadrez ou matematica a gente o fez com o jogo. desta parte nao me arrependo

a gente tinha q aprender a operar um painel de controle de uma nave, aprender a usar uma arma extraterrestre...
uma epoca eu parei de jogar pra terminar uma procedure q eu tava fazendo. o ronaldo e o silvio seguiram jogando e eu ouvia a conversa deles descobrindo e solucionando. entao aos 60% da odisseia eu fiquei pra traz das conversas.

uma tarde eles nao estavam e eu tava com dor nos olhos e com o classico zumbido e tonteira que na epoca eu nao sabia q era hipoglicemia

nestas horas jogar fazia as dores fisicas, malestares da pressao alta passarem ou apenas a minha adrenalina as escondia... estas coisas eu nao sabia na epoca. se soubesse teria resolvido coisas da minha vida de forma diferente. bem, entao naquela tarde eu comecei o jogo e comecei a ver q eles passaram por ali por lembrar de algumas frases e dos sons do jogo

mas nao vi o suficiente pra ter a solução. eram tiros, perseguiçoes, eu sozinho num planeta estranho, quiçá em outro universo!!! entrei no jogo como era meu habito. esquecia meu corpo, as mão mexiam por reflexo. eu deixava de existir e havia uma conexao direta entre meu cerebro e o jogo. se o cara se machuca eu tenho as dores tb.

um tive 3 distençoes jogando doom 1 e varias vezes chorei de dor de tão real q era pra mim. era meu holodeck!

vc nao sabe o que é holodeck? aff, vc nao é nerd mesmo... em outro post eu comento. mas pense q era meu armario q mandava para Nárnia

estes dois videos estao acelerados, por isto tiraram o som
primeira parte:



naquela tarde aconteceu uma coisa estranha q fez eu ficar um tempo sem jogar:
quando eu pulava de um andar pra um abaixo eu podia ir pra esquerda ou direita
eu tava com minha vida em risco. o boneco podia se abaixar, andar, correr... eu só tava correndo! nao errava, nao precisava pensar, ensaiar saltos, acertava de primeira

em cada bifurcação, normalmente eu tentava em um lado pra ver como morreria e no outro, até esgotar todas as possibilidades, até explorar todo o jogo

mas naquela tarde nao! eu corria e a cada bifurcação eu usava o instinto de sobrevivencia pra saber por onde ir. e pensava: "ricardo, vc deixou pra tráz aquela parte do jogo! e se fosse por lá? mas algo sempre me dizia o caminho certo!!!"

entao ao parar de jogar aquela tarde eu vi q desperdiçava dotes meus dentro daquele universo! vejam eu acionei os intintos de sobreviencia pra resolver o jogo! e corri muito sem errar! suava, gritava...

neste video abaixo, a segunda e ultima parte, lá pelos 5:15 eu parei de pensar e tudo veio por instinto como se eu ja tivesse solucionado. onde eu morri muito nesta tarde foi ali pelos 06:02 quando por errar muito o modo de operar o painel



os sons ali em 06:30 ecoam na minha cabeça até hoje. se vc me ver esticar o braço no meio da rua nao é mau geito nao! estou revivendo este tiroteio!!!

nesta hora estou preocupado com meu amigo. e falava em voz alta: "onde estará o mais-suruba???" "to deixando ele pra tráz!!!!" "preciso voltar! mas por onde??? onde caiu o life-pod dele???"

aos 6:40 ele aparece e eu grito de satisfação!!! e grito com ele: "vem comigo!"


ver este video é covardia pois ele tá acelerado! levei a tarde toda pra resolver isto tudo

dai eu caio e grito de pavor! to ja empapado de suor. mas uma mao me salva!!
neste momento entram o ronaldo e o silvio. e me veem pensando q fui salvo, mas sou atirado na parede, quebro umas 3 costelas e um braço, abro o supercilio. eles ja me conheciam e nao estranharam eu estar sentindo estas dores. eu respirava pesado por saber que tava com costelas quebradas

eles ficam de pé me assitindo mas eu nao tiro os olhos da tela. eles ja sabiam q eu logo ia morrer de novo mas tiveram a honestidade de nao me avisar, de deixar eu resolver o quebra cabeças sozinho

quando o jogo terminou, tb terminou uma fase da minha vida... ficou um vazio, um sem teto... no lugar deste jogo. depois daquela tarde nunca mais eu o joguei. exceto um dia q sentei ao lado da Karine Magnago e mostrei o jogo inteiro pra ela. mas este foi bem depois, foi quando já tinhamos saido de sapucaia do sul e ja estavamos em porto alegre


pra encerrar, o encerramento:

6 de abr. de 2008

"Wot A Night" (1931) Van Beuren Tom and Jerry

Este foi o primeiro episódio do Tom&Jerry, de 1931
O que vc conhece da tv é de 1954, por isto tá tao diferente!
Os personagens Tom e Jerry são caricaturas dos seus criadores. E no desenho abaixo a caricatura tá bem mais próxima dos reais. Mas note que o temperamento deles é bem parecido com os que a gente tá acostumado.

O nome dos criadores é Waffles and Don e este foi o primeiro nome que deram aos personagens.
Tanto é que pra não dar confusao entre o nome dos personagens e deles, no dia da estréia, mentiram os seus nomes como
Dick and Larry

Talvez eu venha a envelhecer

Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões...
Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.
Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão...
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Então, irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.
Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.
Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.
Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu não consiga mais enxergar um arco-íris.
Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.
Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas passarei a admirar quem sou.
Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E, se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado:
"Ainda não chegou o fim"
Porque no final, não haverá nenhum "talvez", mas a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.


Autoria: Sonia Carvalho, paulistana, formada em Publicidade e Propaganda e Pós-graduada em Teorias e Técnicas de Comunicação.
Achei aqui: TALVEZ EU VENHA A ENVELHECER

30 de mar. de 2008

Homem que era mulher anuncia estar grávido

Fonte: BBC - Homem que era mulher anuncia estar grávido
Thomas Beatie grávido
Thomas Beatie é considerado homem perante a lei americana
O transexual americano Thomas Beatie anunciou estar grávido de uma menina e deve dar à luz em julho deste ano, apesar da oposição da classe médica, de parentes e amigos.

Em depoimento prestado à revista dirigida a homossexuais The Advocate, Beatie, que nasceu mulher, mas trocou de sexo há oito anos, conta que sua mulher de dez anos, Nancy, sofreu uma histerectomia - retirada do útero - no passado e, quando o casal decidiu iniciar uma família, coube a ele engravidar.

"Querer ter um filho biológico não é um desejo feminino ou masculino, é um desejo humano”, disse Beatie, acrescentando que, quando o casal decidiu ter um filho, ele parou de tomar suas doses regulares de testosterona e voltou a ovular naturalmente, não sendo necessário o uso de nenhuma droga para aumentar a fertilidade.

"“Eu sou um transexual, legalmente um homem, e legalmente casado com Nancy", diz ele na revista. Conto com todos os direitos federais de um casamento”.

Quando trocou de sexo, Beatie se submeteu a uma mastectomia - teve seus seios retirados - e iniciou uma terapia com hormônios masculinos.

"Mas mantive meus direitos reprodutivos", diz ele, esclarecendo que a sua mudança de sexo não incluiu nenhuma modificação dos seus órgãos sexuais femininos.

Rejeição

Beatie conta que o casal enfrentou rejeição e chegou a ser recusado por médicos, quando foi procurar inseminação artificial.

“O primeiro médico que procuramos era um endocrinologista especializado em reprodução. Ele ficou chocado com a situação e pediu que eu raspasse os pelos faciais. Depois de uma consulta de US$ 300 ele, relutantemente, fez meus exames médicos”, diz ele.

O médico ainda ordenou que o casal fosse examinado pelos psiquiatras da clínica para avaliar se eles tinham “condições psicológicas” de ter um filho.

Mas, segundo Beatie, poucos meses e alguns milhares de dólares depois, o médico suspendeu o tratamento afirmando que ele e seus funcionários se sentiam desconfortáveis por tratar alguém como ele.

“Médicos nos discriminaram, nos mandado embora por causa de crenças religiosas. Profissionais de saúde se recusaram a me chamar por um pronome masculino ou reconhecer Nancy como minha esposa. Recepcionistas riram da gente”, afirma.

Ao todo, diz ele, nove médicos foram envolvidos no processo, até que eles conseguiram acesso a um banco de esperma. Mas tiveram que optar pela inseminação caseira.

Quando engravidou pela primeira vez, foi uma gravidez ectópica (quando o embrião se fixa fora da cavidade uterina) de trigêmeos, que fez com que ele perdesse os embriões e uma de suas trompas.

“Quando meu irmão soube disso, disse ‘é uma coisa boa isso ter acontecido. Quem sabe que tipo de monstro teria sido?’.” A família de Nancy sequer sabia que Beatie é um transexual.

Segundo Thomas, há até pouco tempo, os vizinhos na pequena comunidade de Oregon consideravam ele e Nancy um casal normal, trabalhador e apaixonado, até que eles decidiram ter o primeiro filho.

Além da comunidade médica local, poucos sabem que ele está grávido de cinco meses, mas ele afirma que está se sentindo “incrível”.

“Apesar de minha barriga estar crescendo com uma nova vida dentro de mim, estou estável e confiante sendo o homem que sou. De forma técnica, me vejo como minha própria ‘mãe de aluguel’, apesar de que minha identidade como homem é constante. Para Nancy, sou o marido dela carregando nosso filho.”

Overcome - Live

Live - Overcome (9-11 tribute)


Live - Overcome (2002-05-18 - #14)


even now the world is bleedin' but feelin' just fine all numb
in our castle where we're always free to choose never free
enough
to find i wish somethin' would break cuz we're runnin' out of
time
and i am overcome i am overcome holy water in my lungs i am
overcome

these women in the street pullin' out their hair my master's
in the yard givin' light to the unaware this plastic little
place
is just a step amongst the stairs

and i am overcome i am overcome baby holy water in my lungs i am
overcome

so drive me out out to that open field turn the ignition off
and spin around your help is here but i'm parked in this open
space
blockin' the gates of love

i am overcome i am overcome holy water in my lungs i am
overcomed

beautiful drowning this beautiful drowning this holy water
this holy water is in my lungs
and i am overcome i am overcome i am overcome i am overcome


Tradução: Dany
Artista: Live
Música: Superando

Agora mesmo o mundo está sangrando
mas sentindo-se bem, totalmente adormecido.
Em nossos castelos nós sempre somos livres para escolher,
Mas nunca livres o bastante para encontrar.
Eu quero alguma coisa que possa mudar,
Pois nosso tempo está esgotado.

E eu estou superando, estou superando,
Água santa em meus pulmões, estou superando.

Estas mulheres nas ruas arrancando os cabelos.
Meu mestre está no pátio dando luz ao inconsciente.
Este lugarzinho plástico
É apenas uma etapa da escada.

E eu estou superando, estou superando,
Água santa em meus pulmões, estou superando.

Então guie-me para longe, para aquele campo aberto,
Desligue a ignição e viaje.
Sua ajuda está aqui, mas estou parado neste espaço aberto,
Bloqueando os portões do amor.

E eu estou superando, estou superando,
Água santa em meus pulmões, estou superando.

Lindo afogamento, lindo afogamento,
Esta água santa está em meus pulmões
Esta água santa está em meus pulmões

E eu estou superando, estou superando,
Estou superando, estou superando.

26 de mar. de 2008

Leave It - Yes

adoro estas vozes!
viva o Yes!